Qual o legado do Nintendo Switch?

Qual o legado do Nintendo Switch?

Depois de 7 anos do seu lançamento mundial (3 de março de 2017), e 4 anos da sua chegada ao Brasil (18 de setembro de 2020), o Switch teve uma provável última BGS como o principal console da Nintendo. Projetos supostamente vazados já desenham um protótipo para ser seu sucessor, mas o que a versão atual deixa de legado para a história dos games? 

Acredito que para começar esta reflexão, deva se traçar um paralelo entre os jogos que pertencem ou não a Nintendo. Começando por quem vem “de fora da casa”, jogos como Hollow Knight e Unravel Two mostram que o Switch sabe abraçar e achar soluções para entregar jogabilidade e fluidez mesmo se o jogo não é pensado para sua plataforma. 

Se um jogo é pensado para ser portátil, o Switch consegue ser a plataforma principal hoje para ser sua casa. Até games mais populares, como as várias versões de Dragon Ball, e até mesmo um E.A. FC conseguem entregar o que precisam em um console que claramente tem grandes restrições gráficas comparadas com os principais de Playstation e X-Box.

 

Até um Just Dance, que possui a mesma mecânica e filosofia desde sua origem, tem um forte papel como um jogo voltado para se jogar com a família toda, e é nesse ponto que começam a ressaltar os fatores dos jogos que pertencem a Nintendo, pois ele cumpre a promessa de ser o console pensado para se jogar com amigos e família, em grupo, desde jogabilidade simples até em temáticas.

Toda a linha Mario tem excelentes jogos, desde o Mário Odyssey, que além de ser um jogo super divertido que conversa com tudo da franquia do encanador, passando pelos spin offs de Luigi’s Mansion, que bombaram com uma divertida dose de terror, o Princess Peach: Showtime! com um jogo que valoriza de forma muito digna e consolida Peach como uma personalidade símbolo feminista, até o Mario Wonder que apenas faz o clássico moderno e atraente novamente, o cuidado em suas propriedades são um trunfo que poucas vezes vemos no entretenimento com tanta longevidade. 

O sucesso da franquia promete ter seu último ato no console com Mario Party Jamboree, apresentado no evento, que mantém a essência do Nintendo Switch em ser um jogo pra todos, e do Mario em misturar com naturalidade tudo que a Nintendo tem a oferecer em seus principais games, assim como faz historicamente com Mario Kart (e fez neste console com o atemporal Mario Kart 8).

 

E como se não bastasse, com a linha Zelda o console trouxe um clássico imediato ao trazer Breath of the Wild, um jogo de gameplay super divertido e que te inspira a explorar o game para zerar, e não apenas chegar ao seu final como mais um. Ele te inspira a saborear o jogo sem se preocupar com o tempo gasto para isso, algo que tem sido cada vez mais raro.

Existem muitos outros exemplos que mostram como o Switch marcou, como a febre do Stardew Valley, que gerou até discussões sobre a economia global entre seus fans, e a expansão do universo Pokémon, que por mais que em alguns momentos foi questionável, consolidou o “sonho” do jogador de Game Boy de um jogo robusto graficamente, com a dinâmica dos jogos clássicos. 

O sucesso do Switch vem dessa essência da Nintendo ser só a Nintendo e estar bem com isso, fez bem a ela não entrar na guerra dos consoles e seguir a filosofia da origem da empresa, que em algum momento da sua história centenária pareceu se perder, mas que nos anos 2020, ainda faz um console “de cartucho” ser incrível para quem joga e marcante para a história dos vídeo games. 

Denis Augusto

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