A importância de eventos de esport feminino

A importância de eventos de esport feminino

Atualmente, o esporte eletrônico tomou grandes proporções e inúmeros campeonatos e eventos de games foram criados. Embora as mulheres participassem dos eventos a presença delas não era valorizada, mesmo que alguns times ou alguns eventos demonstrasse interesse em ambos os gêneros a presença masculina sempre foi mais valorizada.

Pensando nas mulheres que estão presentes nessa área, eventos como Girl Game e Challenge Katowice foram criados. Tais campeonatos auxiliam na valorização das mulheres no esporte eletrônico, contratando narradoras, comentaristas, jogadoras e desenvolvedoras de eventos. A Pesquisa Game Brasil 2020 contabilizou 53,8% da participação de usuários de jogos eletrônicos são mulheres, significando que as mulheres se interessam e estão presente nesse meio mais que o sexo masculino.

Ravena Dutra, uma das casters que fez parte da equipe Girl Gamer São Paulo, citou inúmeros motivos para realizar campeonatos femininos é o mais importante foi trazer visibilidade para as mulheres. “Que este tipo de evento traga essa visibilidade para as meninas, essa experiência de competitivo. Não só para jogadoras, mas como na parte de Casting e até mesmo de produção.” A comentarista também explica a oportunidade de está em um evento presencial. “A gente tem muitas mulheres trabalhando aqui e eu acho que dá essa oportunidade, também, essas experiências para todo mundo é super importante.

Evento Girl Game Festival São Paulo – Foto de Camila Couto
Dutra também apresenta algumas dificuldades que as mulheres passam nesse cenário, que é a desconfiança apenas por ser mulher. Uma mulher tem que explicar duas vezes mais para ter a mesmo credibilidade de um homem. “Eu já passei por muitas críticas, em cima de pessoas que assistem, achando que eu não sei muito do jogo, que eu não consigo explicar o que está acontecendo, pois se eu sou comentarista, eu tenho esse peso que eu carrego de explicar o que tá acontecendo.”
A Pro PlayerSantininha” faz parte da equipe INTZ que ganhou o campeonato Girl Gamer São Paulo e competiu pelo troféu mundial da Girl Gamer em Dubai alcançando o terceiro lugar, para ela o objetivo é conquistar espaço dentro do cenário para todos terem oportunidade. “Pro cenário feminino, tanto no nosso jogo como outros jogos, eu acho que ele tá expandindo tanto que agora a gente tem um palco para jogar. Então isso para mim é como se estivéssemos abrindo uma porta, para outras meninas que querem ser profissionais em qualquer tipo de jogo, então acho que é muito importante, principalmente para marcas estão deixando, dando espaço para a gente.”
Já a ex-Pro Player de CS:GO, Camila “Cammy” Vicentin, eventos como o Girl Gamer são essenciais para incentivar novas meninas a entrarem no cenário, além de dar mais visibilidade para as meninas que fazem parte dos times atuais. “Esse tipo de campeonato traz oportunidade para as meninas competirem. Até porque a final desse campeonato de hoje são os times que não era esperado irem para a final. Isso mostra uma quantidade maior no cenário de meninas mais novas entrando, times melhorando. Mostrar o campeonato só para o cenário feminino faz com que meninas que não se sentiam confortáveis a entrarem numa competição ou em um time, elas começam a repensar e realmente ver que isso pode ser uma profissão.”
Cammy ainda explica que a maior dificuldade para as mulheres é conseguir se estabilizar no cenário como um emprego e conquistar uma renda “fixa” para se sustentar. “Eu acho que a maior dificuldade é você focar só nisso. Aí você poder ganhar dinheiro com isso, realmente falar que você é profissional do esporte, você poder pagar suas contas, de morar sozinha com o dinheiro que recebe com os jogos eletrônicos.”
A Girl Game é um dos vários eventos voltados para o público feminino, há também o Intel Challenge Katowice, Gaming Culture, entre outros. Todos para auxiliarem as mulheres a alcançarem seus sonhos e diminuir o preconceito que ainda é forte dentro do esporte eletrônico.
Conheça mais sobre o Girl Game Festival com o podcast a seguir, com a participação da Fernanda Piva.

Camila Couto

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