Moana 2: O peso da aventura

Moana 2: O peso da aventura

A nova animação da Disney, Moana 2, acabou de atingir o recorde de 2ª maior estreia de um filme de animação de todos os tempos no Brasil, ficando atrás somente de “Divertida Mente 2”. Isso mostra a força das animações, principalmente quando lançadas em uma época propícia para o público, pois sua estreia foi próxima das férias escolares e recesso de final de ano. 

A sequência traz a protagonista mais madura com novos desafios. A história ocorre três anos após a última jornada marítima, um chamado de seus ancestrais leva a jovem polinésia de volta para águas perigosas com um grupo improvável de marinheiros. Com a ajuda também do semideus Maui, ela deve quebrar uma maldição terrível que um deus cruel colocou sobre uma das ilhas de seu povo para separar a nação. 

Diferente do primeiro filme, onde Moana sai de casa brigada sem o apoio dos pais, agora ela é uma navegadora e mesmo entendendo os perigos dos mares todos concordam que é a coisa certa de se fazer para alcançar o bem de todos e salvar o povo que ela tanto ama e cuida. 

O roteiro de Dana Ledoux Miller e Jared Bush mostra que Moana não é mais tão inconsequente como antes e precisa de um empurrão de uma nova personagem para ter a coragem de antes. Nada disso fez o filme se tornar ruim, ela entende o peso que é perder quem ama e dessa vez o chamado à aventura aperta o coração. Os anos de amadurecimento, o convívio tranquilo com os familiares e o sentimento de perigo presente no oceano trouxeram a consciência de valor do que verdadeiramente importa para ela.

A obra se enfraquece apenas quando tenta colocar muitos elementos ao mesmo tempo, confundido até o público adulto após um dia cansativo. Além das músicas não serem tão cativantes quanto as anteriores. 

Camila Couto

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