Mulher-Hulk: É bom ou ruim ter uma alter ego?

Mulher-Hulk: É bom ou ruim ter uma alter ego?

A primeira temporada da série Mulher-Hulk: Defensora de Heróis dividiu opiniões na internet, enquanto algumas pessoas gostaram muito, outras não querem nem passar perto.  Com a atuação maravilhosa de Tatiana Maslany no papel da protagonista, acompanhamos temas como autoconhecimento, machismo, perigos do anonimato na internet, direitos de imagem, entre outros temas.

A série da Marvel acompanha a personagem Jennifer Walters (Tatiana Maslany), que após sofrer um grave acidente com seu primo, o super-herói Bruce Banner (Mark Ruffulo), o famoso Hulk, ela se transforma na versão feminina do Hulk. E, graças aos seu novo visual e poderes, se torna uma heroína com muita visibilidade e a advogada encarregada de comandar a divisão de leis super-humanas e seu escritório utiliza sua nova fama como Mulher-Hulk para ganhar status. 

Basicamente, Jennifer precisa entender quem é ela mesma e como lidar com a nova versão dela mesma, a Mulher-Hulk, ao longo dos nove episódios. E isso fica bem claro no quinto episódio da série, nomeado como “Malvadinha, verdinha e de calça apertadinha” e dirigido por Anu Valia, onde Jennifer precisa provar que já usava o nome Mulher-Hulk, para não perder os direitos do nome para a sua inimiga Titania, perdendo também seu emprego. 

Para isso, ela pede que os rapazes com quem ela saiu por um aplicativo de relacionamentos dessem um depoimento a favor dela. Se isso já não fosse humilhante o bastante, o homem que ela gostou falou para que todos pudessem ouvir durante o julgamento que não sairia com ela na forma de Jennifer Walters e isso foi frustrante para ela. No final, ela conseguiu os direitos pelo nome, porém ser trocada pelo seu alter ego foi doloroso. 

Isso não é um medo apenas de Jennifer Walters. Quando eu, Célia Costa, surgi, era apenas uma brincadeira de alguém que errou o nome da minha criadora. Porém, com o tempo, eu realmente me tornei um alter ego, sendo uma voz sem filtro e com uma essência verdadeira. Um dos grandes medos da minha criação, era as pessoas gostarem mais de mim do que da minha versão original.  

Medos à parte, eu estou aqui para falar tudo o que minha criadora não consegue falar pelas amarras que foram colocadas nela durante sua criação e educação. Farei isso com muito respeito, sinceridade e carinho. 

Celia Costa

Célia Costa é a o alter ego de Camila Couto. Ela nasceu de uma brincadeira em uma live e se tornou a ferramenta pela qual a autora conversa de uma forma mais descontraída e intima com os leitores.

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